Sabemos que manter a saúde financeira do condomínio pode ser um grande desafio que pode comprometer a gestão condominial de diversas formas.
Uma pesquisa desenvolvida pelo Banco Central do Brasil revelou que o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro é de 57 pontos, indicando uma vida financeira equilibrada, mas com pouca margem para erros. No total, 48,3% estão abaixo da faixa média e 41,6% estão acima.
Além disso, 69,4% possuem gastos iguais aos seus ganhos ou gastam mais do que ganham; 58,4% indicam que de alguma forma as despesas e compromissos financeiros são motivo de estresse em casa; 62% consideram que a maneira como cuidam do dinheiro não os permite aproveitar a vida; apenas 21,9% dariam conta de uma despesa inesperada grande; e não mais que 37,9% conseguem perceber que precisam buscar orientação.
Ou seja, esses dados refletem também no setor condominial, uma vez que, o estilo de vida e de consumo do brasileiro interfere diretamente em como administra o seu cotidiano.
No artigo de hoje, vamos mostrar algumas dicas para a sua administradora ajudar o síndico a manter a saúde financeira do condomínio longe do vermelho. Continue a leitura!
Entendendo o conceito de saúde financeira
Antes de qualquer coisa, é preciso entender a fundo o que significar ter uma boa saúde financeira, afinal, ninguém gosta de fechar o mês com orçamento negativo, não é mesmo?!
O condomínio que você gerencia está obtendo lucro ou prejuízo? Esse é o principal indicador de “saúde financeira”. Além disso, em resumo, é preciso ter um bom gerenciamento das finanças, controlando as entradas e saídas para garantir os investimentos e melhorias no condomínio ao longo do tempo.
Além disso, um dos motivos que mais prejudicam o setor financeiro do condomínio é a taxa de inadimplência, portanto, fique de olho nessa métrica.
Você costuma confundir faturamento com lucro? Esse é um erro fatal. Afinal, faturamento é o quanto o condomínio recebeu de dinheiro bruto no mês, ou seja, quanto de dinheiro entrou no seu caixa.
Enquanto o lucro é a relação deste montante subtraindo todas as despesas de seu negócio.
Confira, a seguir, dicas de ouro para garantir uma boa gestão financeira do condomínio. Continue a leitura!
Dicas de ouro para ajudar o seu cliente a manter a saúde financeira em dia
Se você chegou até aqui já sabe que ter faturamento nem sempre significa ter lucro, certo?!
Além disso, a inadimplência condominial é o fator primordial quando falamos em saúde financeira. É preciso ter foco e atenção em alguns pontos específicos para melhorar ou recuperar a saúde financeira do condomínio que gerencia. Confira alguns deles a seguir.
É importante entender a fundo cada tipo de despesa do condomínio
Quando você tem conhecimento das despesas do condomínio, saberá exatamente o que fazer em uma possível redução de custos.
Ou seja, é imprescindível compreender cada tipo de despesa do condomínio. Especialmente como elas são separadas na prestação de contas e qual o percentual no montante final da taxa de condomínio.
Mantenha um fundo de reserva ative (ou invista em um)
Ter um fundo de reserva é crucial, principalmente, quando pensamos em investir em melhorias no condomínio, ou quitar obras emergenciais.
Além disso, o fundo de reserva é semelhante a uma poupança feita pelo condomínio para financiar necessidades urgentes ou eventuais. Ele foi previsto na Lei nº 4.597/64, mais conhecida como Lei do Condomínio, e não foi revogado pelo Código Civil.
A lei define que a convenção do condomínio deve prever a forma de contribuição para a constituição do fundo de reserva. O condomínio que você gerencia já possui um fundo de reserva?
Invista em uma boa relação com o síndico
Pode parecer trivial, mas manter uma boa relação com o síndico é fundamental. Afinal, é ele que está à frente de todas as resoluções do condomínio.
Por vezes, questões financeiras pode não ser o ponto forte do síndico. Logo, é nesse momento que a sua administradora entra como ponto de apoio. A seguir confira algumas áreas de auxílio para o síndico.
- Controlar com rigor o prazo para pagamento das despesas do condomínio, uma vez que, pagar as contas com atraso pode implicar em juros e multas;
- Cobrar os condôminos inadimplentes, aplicando a multa e o juros previsto em convenção;
- Priorizar a manutenção preventiva, o que minimiza o risco de gastos emergenciais;
Corte custos desnecessários
Se você seguiu a primeira dica desse artigo, sabe exatamente quais são os gastos desnecessários e onde cortar.
Como por exemplo: não há motivo para manter acesas à noite as luzes de áreas de lazer que não podem ser usadas no período noturno. Da mesma forma, não existe a necessidade de lavar calçadas e garagens constantemente, elevando o valor da conta de água do condomínio.
Além de todas essas dicas do artigo de hoje, invista em uma boa organização no dia a dia da sua gestão. Como está a saúde financeira do condomínio que você administra?
Veja também: 5 Erros comuns na gestão condominial e como resolvê-los