A era das soluções energéticas sustentáveis já chegou, e os condomínios podem se beneficiar muito com essa tendência. Tanto que, uma transição para a energia solar pode resultar em uma economia de até 30% nas despesas com eletricidade.
Apesar de ser uma excelente forma de economizar, existem algumas questões a serem levadas em conta, e será que você sabe quais são elas? Se a resposta for negativa, não se preocupe, dê uma lida no texto abaixo e tire suas dúvidas.
Qual a legislação para instalar painéis solares em condomínios?
Normas principais
A instalação de painéis solares em condomínios no Brasil é regida pelas Resoluções Normativas 482 (2012) e 687 (2015) da ANEEL. Ademais, estas resoluções permitem que cidadãos gerem sua própria energia elétrica em residências ou empresas.
Geração compartilhada
A Resolução 687 introduziu a geração compartilhada, ideal para condomínios. Dessa forma, é possível que consumidores de uma mesma área de concessão formem consórcios ou cooperativas para produzir energia solar, que é compensada nas unidades dos membros.
Marco legal
Em 2022, sancionou-se a Lei 14.300, estabelecendo o novo Marco Legal da micro e mini geração de energia elétrica. Sendo assim, esta lei inclui aspectos como a taxação de créditos de energia solar e preserva condições para instalações já existentes.
Aprovação em assembleia
Para a instalação de energia solar em um condomínio, é necessária a aprovação em uma assembleia virtual ou presencial, pelos condôminos, uma vez que isso implica em alterações no imóvel.
Como funciona a energia solar em um condomínio?
Para realizar a implementação em condomínios, existem diferentes maneiras, oferecendo flexibilidade para atender às necessidades e preferências dos moradores. Então, as mais comuns são:
Painéis solares para uso individual
- Instalação: instala-se os painéis nas sacadas ou em outros espaços privativos de cada apartamento.
- Funcionamento: permite que os moradores gerem sua própria energia solar, promovendo autonomia energética e redução de custos na conta de luz.
- Vantagens: os moradores controlam diretamente a geração e o uso da energia, podendo se beneficiar diretamente das economias geradas.
Painéis solares em áreas comuns
- Instalação: instala-se as placas fotovoltaicas em áreas comuns, como telhados ou espaços abertos do condomínio.
- Funcionamento: compartilha-se a energia gerada entre todos os moradores, contribuindo para a redução dos custos de energia do condomínio como um todo.
- Vantagens: economia mensal no uso de energia, além de oferecer uma solução coletiva, em que todos os condôminos se beneficiam.
Plano de assinatura em fazenda solar remota
- Funcionamento: o condomínio assina um contrato com uma empresa que oferece energia solar gerada em uma fazenda solar remota.
- Vantagens: esta opção elimina a necessidade de instalar painéis solares no local, sendo ideal para condomínios que não têm espaço adequado para instalação ou para moradores que preferem não investir em infraestrutura própria.
- Flexibilidade: proporciona acesso sem a necessidade de alterações físicas no condomínio, facilitando a adesão de moradores.
Assim sendo, cada uma dessas opções tem características únicas, o que permite aos condomínios escolher o modelo que melhor se adapta às suas circunstâncias e objetivos e pode ajudar a reduzir a taxa condominial.
Qual a valorização de um imóvel com energia solar?
A instalação de sistemas de energia solar em imóveis pode resultar em uma valorização significativa. Nesse sentido, estudos e pesquisas do mercado imobiliário têm demonstrado que a presença de um sistema fotovoltaico em um imóvel pode aumentar seu valor em média 4%, sem falar na redução da conta de luz.
Como é feita a cobrança de energia para quem tem energia solar?
A cobrança para quem possui sistemas de energia solar se dá através do modelo de compensação de energia elétrica, que funciona da seguinte forma:
- Uso de energia gerada: primeiro, a energia solar gerada é usada para atender às necessidades do imóvel. Se houver excedente, ele é enviado para a rede elétrica.
- Créditos energéticos: o excedente de energia injetado na rede se transforma em créditos. Assim, é possível utilizá-los para compensar o consumo de energia em períodos de menor geração solar, como à noite.
- Medição bidirecional: um medidor especial registra tanto a energia consumida da rede quanto a energia enviada a ela.
- Cálculo da conta: calcula-se a conta de energia pela diferença entre o consumo da rede e a energia injetada. Se a injeção de energia for maior, acumulam-se créditos para uso futuro.
- Taxas e encargos: fique atento pois existem taxas e encargos aplicáveis, mesmo com o uso de energia solar.
Outras vantagens da energia solar no condomínio
Além da economia nas contas e da valorização do imóvel, a energia solar em condomínios traz outras vantagens bem interessantes:
- Sustentabilidade ambiental;
- Independência energética;
- Incentivos e subsídios governamentais;
- Melhoria na infraestrutura;
- Engajamento comunitário;
- Redução de custos a longo prazo;
- Resiliência energética.
Para mais informações sobre as vantagens da energia solar em condomínios, você pode conferir o artigo na Revista Potência. Este texto aborda a facilitação do acesso para condomínios, destacando como essa tendência está crescendo e se tornando mais acessível.
Conclusão
A partir dessa leitura, conclui-se que, a integração de sistemas de energia solar em condomínios é uma transformação inteligente e responsável. Em outras palavras, as vantagens se estendem para além das economias na conta de luz e da valorização dos imóveis, abrangendo a contribuição para um ambiente mais limpo e sustentável.
Com diversas opções de implementação, cada comunidade pode encontrar a solução mais adequada às suas características e necessidades. Portanto, com certeza, esse movimento rumo à energia solar é um passo em direção à eficiência energética e com um futuro mais verde e sustentável.
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