Previsto na lei Nº 4.591, o fundo de reserva do condomínio é um dos pilares fundamentais para a saúde financeira de uma co-propriedade.
Apesar de tão essencial, muitas vezes seus recursos não são bem utilizados e podem ser gastos em itens vistos como não necessários, causando problemas com os moradores e dores de cabeça no futuro.
Por isso, para administrar bem o fundo de reserva do condomínio é preciso ficar atento a alguns itens. Para te ajudar a identificar quais são, preparamos este conteúdo completo com 6 dicas para salvar seu fundo de reserva.
Continue a leitura e descubra todos os truques!
O que é o fundo de reserva e como funciona a arrecadação?
Ele é composto pelas contribuições mensais dos condôminos, que são usadas para enfrentar despesas emergenciais, realizar obras necessárias e assegurar a manutenção adequada das áreas comuns.
Desse modo, o fundo de reserva do condomínio é um estoque financeiro destinado a garantir estabilidade e segurança ao condomínio.
Como funciona a arrecadação do fundo de reserva?
A arrecadação para o fundo de reserva do condomínio acontece normalmente todos os meses, e geralmente está inclusa na taxa condominial.
Logo, determina-se o valor da contribuição para o fundo de reserva em uma porcentagem fixa do valor da taxa condominial. O síndico ou a administradora gerenciam esses recursos, que devem assegurar sua correta utilização para fins específicos, garantindo a proteção do patrimônio coletivo e a tranquilidade dos moradores.
Quem paga pelo fundo de reserva?
Os proprietários dos imóveis são responsáveis por custear o fundo de reserva do condomínio. Portanto, cabe aos donos arcarem com a contribuição para o fundo de reserva, uma vez que essa reserva financeira serve para garantir a estabilidade e segurança financeira do condomínio.
Os locatários devem pagar o fundo de reserva do condomínio?
No caso de imóveis alugados, é comum que o proprietário repasse o valor do fundo de reserva para o locatário. No entanto, a responsabilidade pelo pagamento continua sendo do proprietário, e não do locatário.
Isso ocorre porque o fundo de reserva é uma obrigação relacionada à propriedade do imóvel e não ao uso temporário por parte do locatário.
O Condomínio pode restituir o fundo de reserva?
Em algumas situações específicas, o condomínio pode restituir o fundo de reserva. Por exemplo, se houver um saldo remanescente após o uso adequado dos recursos, é possível devolver o valor excedente aos condôminos.
No entanto, a restituição do fundo de reserva não é uma prática comum e depende da decisão da assembleia condominial. Geralmente, mantém-se o fundo de reserva como uma garantia financeira contínua para enfrentar futuras necessidades emergenciais.
Como administrar o fundo de reserva do seu condomínio?
1- Defina uma política de utilização do fundo de reserva
Estabeleça uma política clara para a utilização do fundo de reserva, identificando as situações emergenciais em que ele pode ser acionado. Ademais, defina limites de gastos e critérios para autorização de uso.
2- Planeje investimentos de longo prazo
Considere a possibilidade de utilizar o fundo de reserva para investimentos de longo prazo, como obras de melhorias ou projetos de sustentabilidade.
3- Realize auditorias financeiras periódicas
Regularmente, faça auditorias financeiras para verificar a utilização correta dos recursos do fundo de reserva e garantir a transparência na gestão.
Além disso, é possível a implementação de um Compliance condominial, que contribui para essa organização, por exemplo.
4- Evite utilizações não emergenciais
Tente utilizar o fundo de reserva do condomínio somente para situações emergenciais e planeje com antecedência outras despesas do condomínio, de forma a não comprometer a reserva financeira.
5- Crie uma reserva para emergências extraordinárias
Além do fundo de reserva do condomínio, considere a criação de uma reserva extra para emergências de grande impacto, como eventos naturais ou crises econômicas.
Essa reserva deve ser utilizada somente em circunstâncias extraordinárias e devidamente autorizada em assembleia.
Entretanto, um bom seguro condominial, com cobertura completa, também pode atuar nessa frente.
6- Incentive a cultura de prevenção e economia
Promova a cultura de prevenção no condomínio, incentivando a economia de recursos e o uso consciente das áreas comuns.
Com essas práticas, é possível reduzir despesas e fortalecer ainda mais o fundo de reserva para enfrentar situações inesperadas.
Conclusão
Gerir eficientemente o fundo de reserva é um pilar essencial para a estabilidade financeira do condomínio.
Assim, com uma política bem definida para sua utilização, investimentos de longo prazo e práticas de transparência, o fundo de reserva se torna um aliado para enfrentar desafios e emergências. Se você quer aprofundar ainda mais seus conhecimentos em gestão financeira condominial, não deixe de conferir nosso próximo conteúdo: Como montar um fluxo de caixa eficiente.